sábado, 11 de agosto de 2012

LARGAS Á IMAGINAÇÃO

Apetece-me ver-te... mas sei que não posso te ligar... nem uma sms sequer te posso enviar! Por isso, envio-te a minha imaginação... aliada um pouco á tua!

Visto um vestido sob o corpo desprovido de roupa interior... sinto o tecido a deslisar pela pele nua que se arrepia ao toque macio do tecido leve.
Sorrio ao retirar as sandálias da caixa onde, religiosamente, as guardo. Estas sandálias têm povoado a tua mente de imagens de luxuria... de desejo...
Enquanto as calço imagino o teu ar quando me veres da tua varanda! Parece que invertemos os papeis de Romeu e Julieta, não? Também já não estamos em idade para essas fantasias! Queremos fantasias mais... palpáveis!
Os saltos de 12 cm elevam-me á altura dos teus labios... O musculo da barriga da perna bem definido... bem puxado acima...
Sigo com destino marcado... mas incerto. Será que vais vir á varanda fumar e ver-me aqui? Sentirás a minha presença perto de ti?
Acendo um cigarro, meio escondida pelas copas das arvores, vendo parte da tua varanda. Parece que realmente me sentiste. Vens fumar. Continuo escondida a ver-te a fumar com um ar sonhador. Conseguirás imaginar que estou tão perto de ti?
Finalmente, saio da segurança do meu esconderijo e espero que me vejas... O teu rosto ilumina-se de alegria e depois transforma-se em quem procura uma solução desesperada para desceres.
Sais da varanda... e eu espero que tenhas conseguido a solução ao nosso problema.
Volto para a segurança que a copa das arvores me oferece... a copa das arvores e a noite de brisa fresca e desejos ardentes.
Vejo-te passar relativamente perto de mim e fazes-me sinal para te seguir. Obediente como só o desejo me deixa, sigo-te com uma distancia razoavel... Os meus saltos matracam o chão e ecoam por entre os prédios.
Páras debaixo de uma arcada... junto-me a ti!
Sem palavras!
Abraças-me... beijas-me... sussurras-me ao ouvido: Quero-te tanto! Tenho tão pouco tempo!
Apertas-me contra ti... sinto-te erecto! És rápido a mostrar o quanto me queres! Rápido e firme!
As tuas mãos perdem a habitual timidez e percorrem o meu corpo... Sobes-me o vestido para descobrir que não tenho cuecas. Dou um pequeno riso e digo-te ao ouvido, roçando os lábios na tua orelha: Venho já adiantada para não perdermos tempo!
Abro-te os calções... baixo-te um pouco os boxers... sobes-me o vestido... Abençoadas sandálias que me deixam mesmo a jeito de me penetrares!!!
Sinto-te teso a deslisar por mim molhada de vontade de te sentir...
Ergues-me uma perna... empurras-me contra a parede e penetras-me de uma vez só. Sem precisar de alinhar nada... Essa forma de ficares erecto tira-me do sério! Que força! Que saudades de a sentir!
Os movimentos urgentes de tanto desejo e da escassez do tempo aumentam a cada estocada... Beijas-me a calar o grito de satisfação que se forma na minha garganta!
O ambiente nada romântico é deixado para outra altura... o cheiro da urina de uma outra pessoa, que ali se aliviou escondido de olhares curiosos, em nada nos afecta...
O mundo sumiu neste nosso momento!
Somos nós! Os nossos corpos suados! Os nossos gritos em surdina... abafados pelo som dos carros que passam na via rápida.
Um "foda-se!" faz-se ouvir no momento que te vens... no momento em que sentes os salpicos dos meus orgasmos descontrolados!
Encostas-te a mim empurrando-me ainda mais contra a parede...
"Tenho de ir! Mas quero-te imenso... tanto que já não tenho palavras!"
Soltas a minha perna ao mesmo tempo que te retiras de dentro de mim... Sobes os boxers... manchados... lol... e abotoas os calções novamente.
Beijas-me e somes do meu campo visual...
Fico um instante quieta... ainda a sentir-te!
Sinto escorrer pelas minhas pernas a prova que não te imaginei...
O meu telemovel vibra com uma sms tua. " Essas sandalias são mesmo boas!"
Um sorriso expande-se no meu rosto e sigo para o carro da realidade... que é este sofá onde imaginei tudo isto que gostaria de fazer!

quarta-feira, 25 de julho de 2012

SAUDADE II


Hoje estou numa de nostalgia... Sinto falta de ti! Imensa, sabias?
Tudo me faz lembrar de ti... A manta vermelha em que me embrulho e aconchego quando o frio da madrugada visita o meu corpo só de ti... Essa manta que, estendida no chão, presenciou o nosso prazer... que serviu de colchão...
Sinto falta dos teus olhos brilhantes de desejo... abertos para mim como se me quisessem aprisionar bem dentro deles para não sentir a minha falta...
Sinto falta do teu corpo forte que me segura como se fosse a mais preciosa peça de cristal...
Sinto falta... de ti... em mim... completando-me nesse jogo de sedução e prazer que nos envolve e devora até á mais pequena celula do nosso ser...
Sinto tanto e tão pouco de ti... neste momento!
Quero-te tanto!
A falta de noticias desespera-me os sentidos ávidos de ti...
Estou a perder qualidades... a perder "a carapaça" de saudades tuas!
Sei que deves de estar bem... e até sei como fazer para te ver, para te ouvir... mas não posso nem devo invadir a tua realidade. Fico aqui... á tua espera... neste tempo que é só nosso... enquanto os nossos corpos o desejarem!

SAUDADES DE...

Teimo em ver e rever o telemovel vazio de noticias tuas...
Na caixa de entrada, restam as ultimas palavras que trocámos antes de nos afastarmos...
Esta distância imposta por um mundo que teima em nos manter perto e, ainda assim, sem nos podermos tocar...
Agora nem nos vemos... nem te oiço... e só falo contigo nos meus pensamentos doidos de saudade... de tesão em te sentir junto a mim... em mim!
Mais uma volta ao telemovel...
Nada!
Algo desperta a minha atenção nas fotos que me enviaste num outro tempo mais leve... de saudade!
Uma foto com uma mensagem simples: "Queres vir me ajudar?"
Sabes que adoro fazer-te a barba...
Acho um momento tão intimo... tão carregado de erotismo... de sensualidade...
Relembro a ultima vez que o fiz...
Sentada ao teu colo... a lâmina na mão... as tuas mãos nas minhas ancas...
Foi há séculos, não foi?
Ainda, que se tenham passado muitos e imensos intervalos de tempo e espaço, tudo está tão presente na minha mente... E sabes... agora... neste momento... repetiria tudo de novo!
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                              

segunda-feira, 30 de abril de 2012

VIAGEM


Esperas-me no sitio habitual...
Tentamos estar bem sincronizados para não haver esperas, não despertar curiosidades indesejadas...
Entro rapidamente... Um "Bom dia" normalissimo satisfaz-nos por agora...
O coração dispara pelo perigo e em antecipação... Iniciamos uma conversa banal plena de "como estás?", "como foi o resto do teu dia?"... Os metros acumulam-se em kms... O medo de sermos apanhados vai, aos poucos, desaparecendo...
"E eu não tenho direito a um "Bom dia!" como deve de ser?!"... faço sempre a mesma pergunta, não é?
Páras o carro! No meio da estrada vazia de trânsito e de luz... Sinto a suavidade dos teus lábios nos meus... Uma caricia tão suave... "Bom dia!", dizes-me com um sorriso rasgado que te provoca dois sulcos nas faces.
Novamente em marcha... é que todos os segundos contam... e o nosso tempo é escasso.
Enquanto conduzes, acaricio-te com os olhos... tenho até receio de te tocar. Sei que isso te faz perder um pouco a concentração... E isso não convém acontecer a conduzir! Iria ser muito dificil de explicar a nossa presença ali... Muito mesmo!
Passo-te a mão na nuca... Sou louca por essa curva! Sinto-te endireitares-te no banco como se procurasses uma posção mais confortavel...
Sorrio... as reacções que tens ao meu toque deixam-me inflamada de desejo pelo poder que me atribuis!
Retiro a mão entre risos...
Mais conversa para que te voltes a concentrar...
Começo a passear a ponta dos meus dedos pela mão que descansas na perna... Com a idade comecei a dar muita importância ás mãos... não sei porquê... aconteceu.
Redesenho os teus tendões com a ponta do meu dedos... contorno os teus dedos magros... sinto a aspereza da tua pele calejada pelo trabalho... Não me magoa... O nosso tocar é tão suave que é imposssivel nos magoar...
Abres bem a mão... voltas a palma para cima... e os meus dedos navegam nessas linhas numa caricia tão erótica...
De vez em quando cerras os olhos... estás a sair desse teu corpo... estás a planar num meio-sonho... ainda consciente da realidade.
Chegamos... ao nosso recanto escondido entre as folhagens das arvores e longe da azáfama que se começa a sentir pelo avançar das horas...
Sempre em contra-relógio!
Quando dou por ti estás nu no banco de trás... estás a ficar mais rapido que eu! Entre brincadeiras e risos, vou-me libertando da roupa e salto por entre os bancos para o teu colo...
Preliminares?! Tivémos kms deles!
Só já pensamos em sentirmo-nos unos...
Assim que me sento a teu colo sinto-te entrar em mim com uma precisão de relojoeiro... o deslise perfeito entre duas peças feitas para trabalhar em conjunto... descendo lentamente uma na outra adiando o momento do toque dos corpos que nos mostra que unimos totalmente as duas metades de um só prazer...
Mordes o lábio... sentes o meu calor e pensas que vais explodir de prazer... abraço-te para te beijar... para sentir o teu peito contra o meu... as tuas mãos nas minhas nadegas facilitam o movimento de vai-vem...
Afasto-me um pouco de ti... para te sentir mais e mais dentro de mim... sinto o orgasmo que se aproxima... o meu corpo cada vez mais arqueado para trás... apoio-me nos bancos da frente... tudo se esvai numa contracção muscular, num espasmo de prazer que te inunda... e te deixa com um sorriso diabolicamente atraente de quem quer mais... Elevas-me uma e outra vez... em estocadas rápidas... profundas... os orgasmos sucedem-se e fazes-me perder o controle de tudo...
Páras... tiras-me do teu colo... deixas-me de joelhos no banco de trás... de rabo bem empinado para ti... e entras de mansinho em mim... a escorregar no prazer que me deste e na tesão da antecipação do que ainda me vais dar!
Sinto-te, mais uma vez, todo dentro de mim... a tua pelvis a bater ritmada contra o meu rabo... mais rápido... mais rápido... sou eu quem morde o lábio agora para reprimir o grito de prazer que teima em escapar pela garganta apertada de tanto prazer... mais rápido... forte... preciso... sinto-te estremecer num grito selvagem de satisfação que não cabe no teu corpo e precisa do espaço de um sonho para sair...
Ficamos quietos por segundo, minutos, horas, eternidades de prazer que se manifesta em espasmos deliciosos que nos curvam os lábios num sorriso mais brilhante do que o Sol que ameaça nascer no horizonte...
Está na hora de voltar á realidade... vestimo-nos... saímos do nosso recanto... e voltamos ao mundo de onde partimos com destino traçado...
Terminou a nossa viagem... esta... que não foi a primeira e, talvez, não seja a ultima...

sábado, 7 de abril de 2012


Uma vez mais chegámos á porta do quarto... entrámos e, após a porta fechada, perdemo-nos do mundo num tempo que não existe...
Saciámos, ainda que temporariamente, a fome que temos um do outro...
Foi lindo!
Foi bom!
Foi excelente!
No dia seguinte, ainda sob o feitiço do que poucas horas antes aconteceu, recebi as tuas sms...
"Ontem não dancei contigo, mas estive contigo, mais ou menos, aninhada em mim. O que foi muito bom, mesmo muito bom. Não estávamos na euforia do sexo, mas estávamos num momento NOSSO e vai ficar guardado. E o que guardamos nas nossas memorias são esses momentos, simples mas especiais, simples como uma caricia e especiais como TU"
O climax do orgasmo esbate-se e perde a cor com o passar do tempo... mas as sensações, essas perduram para além da memória! E eu adoro sentir! E relembro, vezes sem conta, do teu ar... de olhos fechados... queixo erguido... duas rugas na face a mostrarem o singelo sorriso de satisfação e paz... E sinto-me bem, muito bem por partilhar esses momentos contigo!

terça-feira, 3 de abril de 2012

É mesmo isto que me faz falta hoje...
Procura-se mãos fortes, doces para massagem em corpo macio, quente.
Possibilidade de progressão!

Se fosse assim tão simples! Ui.....

sexta-feira, 23 de março de 2012


Ai, a Primavera!!!!
Desculpem-me, mas tenho de culpar alguém!
Sinto-me como se fosse um vulcão prestes a entrar em erupção ao minimo toque... E, quando esse toque acontece....ui..., a lava da minha racionalidade escorre para fora de mim deixando apenas um rasto de fogo que consome tudo por onde passa!
Vazia de razão, a alma elabora jogos de perdição onde arrisco quem sou a cada passo que dou... a cada toque!
Estou a tremer... As placas tectónicas do meu desejo ameaçam deslocar-se... O abalo adivinha-se poderoso, majestral... Epicentro no oceano das minhas sensações... E o prazer fará se anunciar nas ondas tsunamicas de mim!
Até a escrita me sai de forma desordenada... aos soluços... confusa... em contracções musculares...
Estou... estou... sem palavras que possam descrever o quanto me sinto a arder...
E, quando penso ter minimamente controlado este sentir desenfreado, chegas de mansinho... no meio de olhares que perscutam a nossa alma... puxas-me para a penumbra... seguras-me pelas ancas contra ti... forças o meu corpo contra o teu... e beijas-me!
Sou mortal!!!! Sou de carne e osso!!! O que me corre nas veias é o sangue vermelho impregnado de paixão... de vontade de viver-me!
A doçura do teu beijo contrasta com a rigidez que me forças a sentir contra mim! Sei que ardes com a mesma força que eu... e, sem conseguir pensar, abandono-me á luxuria do momento... e o desejo aumenta... descontrolo-me... anseio por te sentir... para ter a paz orgasmica que me podes dar!
Os teus lábios macios apoderam-se dos meus... as tuas mãos deambulam desenfreadas pelo meu corpo na ansia de sentir tudo o mais rapidamente possivel... voltas a prender-me com os braços fortes temperados no forja do desejo contra ti... sinto-te latejar... pulsar...
Todo o meu corpo te responde e tu sabes disso. A respiração altera-se... a voz embarga-se e quase se torna inaudivel... e eu quero tanto e tenho que, devo, te afastar... Não é a hora, nem o local!
Passadas horas... uma eternidade sem o teu corpo junto ao meu... ainda te sinto erecto contra a minha pelvis esfomeada que, ganhando vontade própria, se maneava contra ti...
PORQUÊ?!?! Porque não te posso ter... não assim!

terça-feira, 20 de março de 2012


Outrora o poeta escreveu:
"Amor é fogo que arde sem se ver;"

Hoje eu escrevo: Desejo é o fogo que consome a minha razão!
Não o vê quem não quer... E ainda bem! Não gosto de partilhar o que, não sendo meu, é fruto do que eu sou...
Corre-me nas veias o sangue inflamado por um querer imenso que parece não ter fim á vista! Mas sem ilusões! Como diz alguém que me é muito querido, tudo na vida tem um fim... Ás vezes não estamos é preparados para ele...
Mas eu não quero pensar no amanhã! Quero VIVER! Quero SENTIR! Quero... -TE!
Pára o tempo no nosso olhar... O espaço perde as dimensões perante o nosso toque... E (hoje estou numa de citações!), como cantava Roberto Carlos, "tudo pára quando a gente faz amor"... Não é AMOR com promessas... è algo palpavel, real... tão real como os nossos corpos suados, entrelaçados, sedentos, molhados... Mas, ainda assim, é uma forma de fazer amor! Não é só sexo. Repara que disse "não é SÓ sexo"... É carinho, prazer, bem-estar... É tanta coisa e coisa nenhuma!
É desejo ao mais elevado expoente! Ui! Que ideia que me passou pela mente... hummmm... elevado expoente! E, por culpa tua, desejo que me arde nas veias como lava incandescente, palavras simples despoletam uma explosão de sensações que esperam ansiosas por outras que se seguirão em resultado...
Quero-te! Quero os teus lábios doces e macios que se perdem com tempo e suavidade nos meus...
Quero-te! Quero os teus braços fortes que me prendem contra ti e me fazem sentir a força do teu... elevado expoente!
Quero-te! Quero ver o teu rosto erguido aos céus como se estivesses a agradecer a maior dádiva que te poderiam dar...
Quero-te! Para quê? Perguntas tu de olhos brilhantes e sorriso malicioso...
Não sei, respondo-te ingenuamente, só quando chegar a altura saberei...

segunda-feira, 19 de março de 2012


É preciso sonhar!
Mas também é preciso tomar atenção ao que se sonha...
Como se fosse um génio que nos realiza um desejo sem termos noção do preço que esse mesmo desejo irá ter... Sim! O preço que teremos de pagar para que algo, que nos parecia um dia inconcebivel, se possa realizar... Nada nesta vida é isento de preço... Seja em generos ou em consequências!
Mas, ainda assim, é preciso manter-se a capacidade de sonhar e manter o sonho no sitio onde pertence: na nossa mente bem guardado como sonho que é!
Sonhei muito... há muito tempo! Com tanta intensidade que fiz uma pessoa de sonhos... Uma pessoa que, como sonho que era, se desfez em fumo ao romper da aurora da realidade...
Sonhei com situações que, eu pensava controladas, depois se tornaram pesadelos... Porque os meus sonhos não eram os mesmos que os dela!
Sonhei em ponto grande! Sonhei como adulta... e vivi esse sonho como criança! Criei confusão...
Passado quase um ano, já nada reconheço desse que foi em tempos o meu porto de abrigo...
Porque sou oito ou oitenta! Ou elevo ou afundo! Não há espaços cinzentos na minha forma de sonhar... Sou tolerância ZERO!
Mudei também... Esses gesto que outrora eram, para mim, de pura doçura, parecem-me agora falsos... vazios de emoções reais!
Se tivesse mesmo de haver um culpado por toda esta situação, de quem seria a culpa? Minha por me permitir sonhar sem ter pesado as consequências? Ou do sonho por não ver que era somente e apenas um sonho?

sábado, 17 de março de 2012

PALAVRAS

Olhar
Tocar
Sentir
Macio
Quente
Roupa
Despir
Cheirar
Lamber
Saborear
Doce
Beijar
Labios
Ofegante
Molhada
Erecto
Entrar
Mover
Elevar
Arder
Devagar
Mãos
Toques
Suaves
Caricias
Perder
Razão
Morder
Puxar
Arquear
Suspender
Fixar
Contrair
Musculos
Suor
Urgência
Desejo
Tesão
Imensidão
Velocidade
Procura
Instinto
Animal
Culminar
Atingir
Abraçar
Suspirar
Relaxar
Paz
Serenidade
Recomeçar?

SILÊNCIOS


Escondidos...
Sempre escondidos do mundo que não nos protege, não nos acarinha... que nos ataca e fere com os mais venenosos espinhos da realidade!
Num mundo extra-terreno (não extra-terrestre!), deixamos cair as mascaras e permitimo-nos sentir e ser sentidos... Conhecemo-nos tão intimamente que não fica um mm de pele por explorar. Abrimos a nossa alma e deixamo-la respirar livre... Criámos um sitio nosso onde mais ninguem vai... onde podemos ser nós!
Não podemos lá estar sempre... Nem lá voltar sempre que desejamos... Mas cada viagem é impregnada de odores de corpos suados de desejo, tesão, prazer...
Vivemos num mundo real onde não podemos falar como quando estamos sós...
Sempre acompanhados e separados por algo ou alguém...
Mas conseguimos ainda assim falar... em silêncio... um com o outro!
Ás vezes, separados por uma mesa de café, ficamos frente a frente... afastados... o desejo é tão grande que tememos não podê-lo conter se por acaso a nossa pele roçar uma na outra...
E ficamos apenas a olhar o brilho dos olhos um do outro... a forma como eles se destacam do rosto e beijam-se num lapso espaço-temporal que ninguém mais ocupa...
Parecem estrelas! Foi o que disseste dos meus... Mas os teus são faróis! E  eu navego nesta escuridão em direcção a eles! A cor esmeralda sumiu de tanto brilhar... até as manchinhas castanhas se eclipsaram!
E, nessa troca de olhares, falamos do quanto nos desejamos!
Falamos em silêncio...

quarta-feira, 7 de março de 2012

Cortejo funebre...

Há dias que são complicados. Não porque temos muito para fazer e não temos tempo... Mas porque, para alguém, terminou o tempo que tinha para fazer algo mais. Ontem tive um desses dias... Não sendo bipolar (acho eu!), navego cada vez mais entre a euforia e a depressão... Não uma depressão doentia... Sinto apenas uma enorme vontade de chorar que me nasce no mais profundo do meu ser e que, seja como for, tem de ser extravazada...
Foi um dia duro, que me afectou mesmo. Talvez o cansaço fisico tenha dado origem a que tenha descido tão baixo. Ou será que foi a força das emoções que me cansaram depois?
Comecei o dia com um pedido de ajuda que não sei como o fazer... Como se poderá ajudar alguém que se sente só, cansado de lutar contra esse monstro que é a doença? Vejo-me inutil... Os anos que estudei de nada adiantam agora... Os livros que li não me deram a solução... Abracei-a apenas... Um abraço com toda a minha força (que também vai escasseando)... Eu estou aqui!!
Segui para um velório... Debaixo da mortalha branca descansava uma mulher de força... Lutou a vida inteira... Sofreu... Sorriu... Ainda a vejo sentada numa cadeira com a minha filha, ainda bébé, ao colo... O riso solto, leve de quem carrega um fardo pesado mas que tem sempre tempo para os outros! Tão pequeno corpo com um coração e uma alma enormes... Maiores que o mundo!
Encomendou-se a Alma a Deus e o cortejo funebre seguiu em direcção ao que chamam a "ultima morada"... Á medida que nos aproximavamos dos portões do cemitério, as lágrimas ganharam vontade própria e desceram-me pela face. As minhas origens estão naquele cemitério... Afastei-me um pouco e fui visitar quem já me visitou, quem fez parte da minha vida... quem originou a pessoa que me originou também...
Não me ajoelhei... Apenas me aconcheguei junto á fotografia e permiti-me chorar... Permiti que tudo o que fui, o que sou e o que serei saisse de dentro de mim... Permiti-me pensar em tudo o que fiz de bem e mal... e pedi ajuda... Não para mim... mas para a minha mãe! Pedi-lhe que desse força á filha... essa força que os pais nos dão e que, muitas das vezes, não podemos ou não sabemos como retribuir... Que eu como filha não consigo dar á minha mãe... Pedi-lhe que a ajudasse, porque sempre será a pessoa que ela mais admira no mundo! Pedi-lhe que a ajudasse a "levar o barco a bom porto" como tantas vezes a minha mãe me diz... Pedi-lhe...
Ontem... foi mesmo um dia dificil...
Felizmente, o sol nasce todas as manhãs. E, com ele, nasce a esperança de melhores dias!

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Dissertação amorosa


Como tudo fica mais fácil sem a promessa desse tão aclamado (injustamente, a meu ver) amor!!
Havendo um entendimento entre ambas as partes, tudo se torna fácil e prático. Pode haver entrega total, pode haver verdade, sensações não desprovidas de sentimento, e não haver amor!
Palavra tão pequena com significado tão grande e com um peso tão grande que nem Hercules conseguiria executar um dos seus sete trabalhos se o tivesse de suportar nos seus ombros!
Na minha visão "analfabruta", o amor não é mais que um invenção da industria farmacêutica! Como venderiam eles tantos comprimidos para as dores de cabeça se não se amasse alguém?!? Como venderiam tantos anti-depressivos se não houvessem tantas desilusões amorosas?!? Tantas pessoas a se sentirem mal com elas mesmas por não conseguirem alcançar o amor da pessoa amada?!?!
E ainda temos uma enorme corja de abutres que sobrevivem dos restos deste dito amor... Advogados, psicologos, psiquiatras, floristas e afins... Não levem como ofensa pessoal! Não pretendo em nada denegrir qualquer uma destas profissões tão honrada como as demais!
Assim sendo, o amor não é mais do que um negócio!
Em tempos era o casamento que se encarregava de consumar negócios e fundir fortunas! Mas á descarada mesmo! Hoje não... O amor chega de mansinho! Pensamos nós que é amor... Porque não conseguimos retirar da nossa mente essa pessoa que teima em nos povoar pensamentos, sonhos e desejos... Mas, arrefecendo a chama da paixão, caindo na monotonia do dia-a-dia, o que sobra? NADA! Sobra alguém que, não sendo totalmente isento de qualidades, tem um sem fim de defeitos que nos irritam profundamente. Defeitos que perdoámos ou fingimos não ver enquanto estamos demasiado ocupados a arder no fogo, não do inferno, mas da mais intensa paixão que já vivemos. Quer dizer, até á próxima...
Sejamos realistas! Quantos se lembram do aniversário do primeiro amor? Do seu cheiro? Dos seus gostos? Da sua forma de falar?
Amor! Bah!
Amor só sinto por apenas um grupo tão restrito de pessoas que não poderá nunca, mas mesmo nunca (e eu não gosto de dizer "nunca"!) poderei substituir! São unicos em tudo! São meus sem os possuir... São parte de mim com vida própria... Originaram-me e irão me perpetuar á geração seguinte!
Amor!!! Parece uma piada!
Que descrente eu sou!


Vem cá, vem! Vem que eu não te magoo muito... pouco! lol

Dormir II


Mais uma noite de cama gelada...
Mais uma noite em que me abraço sem o calor do teu corpo contra mim...
Dou voltas e voltas e não adormeço...
Nos meus ouvidos ecoa o ressonar monstruoso das escolhas que fiz... das minhas opções... dos meus sonhos falhados... das mágoas em ferida que ainda escorrem o pus infectado de traição...
Nao consigo adormecer...
Não consigo desligar a ficha que me prende á realidade...
Tento controlar o meu pensamento, levá-lo ao meu baú das memórias, voltar a um quarto frio, vazio de sentimentos, mas com tanta coisa para contar...
Já não estou deitada na minha cama gelada... já não estou sózinha com as minhas escolhas...
Revejo-me em cima de ti...
Sentindo a força do teu desejo...
Essa força que me impressiona desde o inicio...
De joelhos... e tu no meio das minhas pernas...
Literalmente sentada em ti!
Costas direitas a olhar para o teu rosto como se fosse uma tela de cinema onde passa o filme das tuas sensações...
Aproximo-me do teu rosto, movimento-me bem devagar, quase de forma imperceptivel...
Estamos ligados apenas por escassos milimetros de carne vibrante, quente...
Passo-te a mão no rosto, a lingua pelos teus lábios, murmuro-te baixinho ao ouvido: "O que queres?"
Abres os olhos verdes, brilhantes como se visses algo maravilhoso pela primeira vez: "Quero-te a ti! Toda!"
Sem te deixar acabar a frase, deslizo por ti...
Sinto o teu corpo arquear e estremecer á medida de tocas o mais profundo do meu ser...
E eu escorrego e pairo...
E, finalmente, adormeço...

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Dormir


Deitei-me na cama gelada da realidade...
A solidão abraçou-me com força...
Não senti a tua respiração quente na minha nuca enquanto dormias o sono dos satisfeitos, dos que atingiram um prazer que não se encontra ao alcance de todos...
Enrolei-me em mim mesma... esse frio que me escapa do interior gela-me o corpo... tremo...
Procurei por todo o meu corpo sentir-te erecto... Procurei ouvir-te enquanto dizias ao meu ouvido, a roçares os teus lábios na minha orelha, num tom de provocação, enquanto me puxavas mais contra ti para que te sentisse melhor: "Nao te coloques assim que isso vai acabar mal!"
E acabou mesmo mal...
Acabou comigo na cama gelada, sem estar abraçada a outra pessoa que não fosse eu mesma...

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Quem sou...

Era uma vez, num reino encantado de sonhos, uma menina igual a tantas outras. Sonhava com amor, com principes encantados, com finais felizes...
A sua vida não era um mar de flores... Os espinhos sobrepunham-se em muito aos botões timidos que, por vezes, tentavam em vão, desabrochar. Uma vida madrasta...
Um dia, essa madrasta pensou roubar-lhe a alegria desse sonho de amor. Mandou o mais terrivel caçador retirar-lhe a fonte: o seu corção! O caçador não conseguiu... Essa menina, igual a tantas outras, não recuava perante o medo. Vestia a mais poderosa armadura e enfrentava-o de cabeça erguida...
Mas, vida madrasta!, não desistiu... mandou-lhe o seu sonho... o seu principe encantado com promessas de uma história com um final feliz para sempre.
A armadura caiu... a menina expôs o seu coração... deixou-se levar... entregou-se... e... perdeu a fonte do seu amor! Foi pisado e repisado! Arrastado pela mais nojenta lama! Triturado! Espetado! Rasgado! Perdeu-se...
Bem, é uma história muito vista e lida... e vivida também!
A minha tem um final diferente! Saltei desta história para outra... e mais outra... e mais outra!
Já não sonho com o principe encantado montado num lindo alazão! Se procuro alguém... é o Lobo Mau!
Sem coração para sentir amor, os outros sentidos apuraram... ficaram mais... á flor da pele!
Troquei a sensação de amar, pela de desejar... Desejar o toque na pele macia... o correr dos dedos suavemente por trilhos de fogo!
Troquei as palavras de amor pelas de tesão! Porque nada é mais real do que os valores que se levantam perante a pessoa desejada!
Troquei palavras e promessas por actos, reais, palpáveis!
Não tenho nada no peito além de amizade!
Se pensam que são apenas palavras o que digo... enganam-se! Não sou um desafio a cumprir... Não digo "Não" quando quero dizer "Sim"... Sou preto no branco! Real! Directa! Veneno puro para todas essas sensações que nos fazem sofrer após a euforia!
Não passo a mão no pêlo de ninguém... todos sofrem! Mas tenho um ombro para quem quiser usar, se estiver preparado para ouvir o que não quer também...
Sou eu! Muito prazer! Sou LoveKiller, No Heart! Com muito prazer mesmo...

P.S. Só não sou a menina da foto... lol

sábado, 18 de fevereiro de 2012

No Heart

Eis-me!
Em todo o meu esplendor de pessoa sem coração!
Com todo o meu poder de matar o amor!
Eis-me!
Gelada!