quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Dissertação amorosa


Como tudo fica mais fácil sem a promessa desse tão aclamado (injustamente, a meu ver) amor!!
Havendo um entendimento entre ambas as partes, tudo se torna fácil e prático. Pode haver entrega total, pode haver verdade, sensações não desprovidas de sentimento, e não haver amor!
Palavra tão pequena com significado tão grande e com um peso tão grande que nem Hercules conseguiria executar um dos seus sete trabalhos se o tivesse de suportar nos seus ombros!
Na minha visão "analfabruta", o amor não é mais que um invenção da industria farmacêutica! Como venderiam eles tantos comprimidos para as dores de cabeça se não se amasse alguém?!? Como venderiam tantos anti-depressivos se não houvessem tantas desilusões amorosas?!? Tantas pessoas a se sentirem mal com elas mesmas por não conseguirem alcançar o amor da pessoa amada?!?!
E ainda temos uma enorme corja de abutres que sobrevivem dos restos deste dito amor... Advogados, psicologos, psiquiatras, floristas e afins... Não levem como ofensa pessoal! Não pretendo em nada denegrir qualquer uma destas profissões tão honrada como as demais!
Assim sendo, o amor não é mais do que um negócio!
Em tempos era o casamento que se encarregava de consumar negócios e fundir fortunas! Mas á descarada mesmo! Hoje não... O amor chega de mansinho! Pensamos nós que é amor... Porque não conseguimos retirar da nossa mente essa pessoa que teima em nos povoar pensamentos, sonhos e desejos... Mas, arrefecendo a chama da paixão, caindo na monotonia do dia-a-dia, o que sobra? NADA! Sobra alguém que, não sendo totalmente isento de qualidades, tem um sem fim de defeitos que nos irritam profundamente. Defeitos que perdoámos ou fingimos não ver enquanto estamos demasiado ocupados a arder no fogo, não do inferno, mas da mais intensa paixão que já vivemos. Quer dizer, até á próxima...
Sejamos realistas! Quantos se lembram do aniversário do primeiro amor? Do seu cheiro? Dos seus gostos? Da sua forma de falar?
Amor! Bah!
Amor só sinto por apenas um grupo tão restrito de pessoas que não poderá nunca, mas mesmo nunca (e eu não gosto de dizer "nunca"!) poderei substituir! São unicos em tudo! São meus sem os possuir... São parte de mim com vida própria... Originaram-me e irão me perpetuar á geração seguinte!
Amor!!! Parece uma piada!
Que descrente eu sou!


Vem cá, vem! Vem que eu não te magoo muito... pouco! lol

Dormir II


Mais uma noite de cama gelada...
Mais uma noite em que me abraço sem o calor do teu corpo contra mim...
Dou voltas e voltas e não adormeço...
Nos meus ouvidos ecoa o ressonar monstruoso das escolhas que fiz... das minhas opções... dos meus sonhos falhados... das mágoas em ferida que ainda escorrem o pus infectado de traição...
Nao consigo adormecer...
Não consigo desligar a ficha que me prende á realidade...
Tento controlar o meu pensamento, levá-lo ao meu baú das memórias, voltar a um quarto frio, vazio de sentimentos, mas com tanta coisa para contar...
Já não estou deitada na minha cama gelada... já não estou sózinha com as minhas escolhas...
Revejo-me em cima de ti...
Sentindo a força do teu desejo...
Essa força que me impressiona desde o inicio...
De joelhos... e tu no meio das minhas pernas...
Literalmente sentada em ti!
Costas direitas a olhar para o teu rosto como se fosse uma tela de cinema onde passa o filme das tuas sensações...
Aproximo-me do teu rosto, movimento-me bem devagar, quase de forma imperceptivel...
Estamos ligados apenas por escassos milimetros de carne vibrante, quente...
Passo-te a mão no rosto, a lingua pelos teus lábios, murmuro-te baixinho ao ouvido: "O que queres?"
Abres os olhos verdes, brilhantes como se visses algo maravilhoso pela primeira vez: "Quero-te a ti! Toda!"
Sem te deixar acabar a frase, deslizo por ti...
Sinto o teu corpo arquear e estremecer á medida de tocas o mais profundo do meu ser...
E eu escorrego e pairo...
E, finalmente, adormeço...

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Dormir


Deitei-me na cama gelada da realidade...
A solidão abraçou-me com força...
Não senti a tua respiração quente na minha nuca enquanto dormias o sono dos satisfeitos, dos que atingiram um prazer que não se encontra ao alcance de todos...
Enrolei-me em mim mesma... esse frio que me escapa do interior gela-me o corpo... tremo...
Procurei por todo o meu corpo sentir-te erecto... Procurei ouvir-te enquanto dizias ao meu ouvido, a roçares os teus lábios na minha orelha, num tom de provocação, enquanto me puxavas mais contra ti para que te sentisse melhor: "Nao te coloques assim que isso vai acabar mal!"
E acabou mesmo mal...
Acabou comigo na cama gelada, sem estar abraçada a outra pessoa que não fosse eu mesma...

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Quem sou...

Era uma vez, num reino encantado de sonhos, uma menina igual a tantas outras. Sonhava com amor, com principes encantados, com finais felizes...
A sua vida não era um mar de flores... Os espinhos sobrepunham-se em muito aos botões timidos que, por vezes, tentavam em vão, desabrochar. Uma vida madrasta...
Um dia, essa madrasta pensou roubar-lhe a alegria desse sonho de amor. Mandou o mais terrivel caçador retirar-lhe a fonte: o seu corção! O caçador não conseguiu... Essa menina, igual a tantas outras, não recuava perante o medo. Vestia a mais poderosa armadura e enfrentava-o de cabeça erguida...
Mas, vida madrasta!, não desistiu... mandou-lhe o seu sonho... o seu principe encantado com promessas de uma história com um final feliz para sempre.
A armadura caiu... a menina expôs o seu coração... deixou-se levar... entregou-se... e... perdeu a fonte do seu amor! Foi pisado e repisado! Arrastado pela mais nojenta lama! Triturado! Espetado! Rasgado! Perdeu-se...
Bem, é uma história muito vista e lida... e vivida também!
A minha tem um final diferente! Saltei desta história para outra... e mais outra... e mais outra!
Já não sonho com o principe encantado montado num lindo alazão! Se procuro alguém... é o Lobo Mau!
Sem coração para sentir amor, os outros sentidos apuraram... ficaram mais... á flor da pele!
Troquei a sensação de amar, pela de desejar... Desejar o toque na pele macia... o correr dos dedos suavemente por trilhos de fogo!
Troquei as palavras de amor pelas de tesão! Porque nada é mais real do que os valores que se levantam perante a pessoa desejada!
Troquei palavras e promessas por actos, reais, palpáveis!
Não tenho nada no peito além de amizade!
Se pensam que são apenas palavras o que digo... enganam-se! Não sou um desafio a cumprir... Não digo "Não" quando quero dizer "Sim"... Sou preto no branco! Real! Directa! Veneno puro para todas essas sensações que nos fazem sofrer após a euforia!
Não passo a mão no pêlo de ninguém... todos sofrem! Mas tenho um ombro para quem quiser usar, se estiver preparado para ouvir o que não quer também...
Sou eu! Muito prazer! Sou LoveKiller, No Heart! Com muito prazer mesmo...

P.S. Só não sou a menina da foto... lol

sábado, 18 de fevereiro de 2012

No Heart

Eis-me!
Em todo o meu esplendor de pessoa sem coração!
Com todo o meu poder de matar o amor!
Eis-me!
Gelada!