quarta-feira, 25 de julho de 2012

SAUDADE II


Hoje estou numa de nostalgia... Sinto falta de ti! Imensa, sabias?
Tudo me faz lembrar de ti... A manta vermelha em que me embrulho e aconchego quando o frio da madrugada visita o meu corpo só de ti... Essa manta que, estendida no chão, presenciou o nosso prazer... que serviu de colchão...
Sinto falta dos teus olhos brilhantes de desejo... abertos para mim como se me quisessem aprisionar bem dentro deles para não sentir a minha falta...
Sinto falta do teu corpo forte que me segura como se fosse a mais preciosa peça de cristal...
Sinto falta... de ti... em mim... completando-me nesse jogo de sedução e prazer que nos envolve e devora até á mais pequena celula do nosso ser...
Sinto tanto e tão pouco de ti... neste momento!
Quero-te tanto!
A falta de noticias desespera-me os sentidos ávidos de ti...
Estou a perder qualidades... a perder "a carapaça" de saudades tuas!
Sei que deves de estar bem... e até sei como fazer para te ver, para te ouvir... mas não posso nem devo invadir a tua realidade. Fico aqui... á tua espera... neste tempo que é só nosso... enquanto os nossos corpos o desejarem!

SAUDADES DE...

Teimo em ver e rever o telemovel vazio de noticias tuas...
Na caixa de entrada, restam as ultimas palavras que trocámos antes de nos afastarmos...
Esta distância imposta por um mundo que teima em nos manter perto e, ainda assim, sem nos podermos tocar...
Agora nem nos vemos... nem te oiço... e só falo contigo nos meus pensamentos doidos de saudade... de tesão em te sentir junto a mim... em mim!
Mais uma volta ao telemovel...
Nada!
Algo desperta a minha atenção nas fotos que me enviaste num outro tempo mais leve... de saudade!
Uma foto com uma mensagem simples: "Queres vir me ajudar?"
Sabes que adoro fazer-te a barba...
Acho um momento tão intimo... tão carregado de erotismo... de sensualidade...
Relembro a ultima vez que o fiz...
Sentada ao teu colo... a lâmina na mão... as tuas mãos nas minhas ancas...
Foi há séculos, não foi?
Ainda, que se tenham passado muitos e imensos intervalos de tempo e espaço, tudo está tão presente na minha mente... E sabes... agora... neste momento... repetiria tudo de novo!