sexta-feira, 8 de agosto de 2014

A MÁSCARA

Parecia um conto. Daqueles eróticos que se lê com o prazer secreto de realizar fantasias...
Tudo foi combinado. Desde local á maneira de como bateria á porta. Não haveria espaço para erros. Não saberia quem ela era... nem o numero de telemóvel para a poder contactar.
Os dados estavam lançados e, por um breve momento, a tangente entre o sonho e a realidade iria ter lugar.
Só a situação já era excitante. Alugar um quarto num motel. O numero da porta do quarto. O que fazer se esse quarto já estivesse ocupado? Nada! O destino tinha um papel deveras importante na forma como tudo iria decorrer.
Nenhum pormenor que os pudesse identificar mais tarde seria revelado. Foi a condição proposta por ela. Nem o seu rosto revelaria...
A hora chegou. O quarto combinado estava livre. Entrou e fechou a porta atrás de si. Uma breve visita pelo quarto e despiu-se. Apenas uma máscara de renda preta lhe cobria meio rosto e umas gotas de The One de Dolce&Gabanna lhe perfumavam o corpo.
Á hora combinada uma pancada seca se fez soar no quarto. O coração acelerou. Era agora!
Abriu-lhe a porta. Não houve um olá, nem um bom dia nem sequer um és tu quem procuro. Apenas olhos nos olhos. Ele avançou pelo quarto. Ela recuou a cada passo dele. Parecia uma dança... uma dança de sedução, de luta pelo poder dominar... Ele voltou-se e fechou a porta. Despiu-se de costas para ela. Poderia fazer uma descrição do corpo, mas quando a tesão aperta, o quão fenomenal é um corpo não interessa. A tesão tem destas coisas. Turva-nos os sentidos e só o sentir interessa.
Quando a ultima peça de roupa dele tocou o chão, voltou a sua atenção para ela. Avançou com passos seguros. Desta vez ela não fugiu. Ergueu a cabeça para ele. Ofereceu-lhe os lábios entreabertos num beijo pleno de desejo, de curiosidade. As línguas que se movem numa descoberta mutua. As mãos dele nas suas costas apertavam-na contra si. O peito esmagado contra o peito. Ela rendeu-se. Sempre acharam que ela era dominadora, mas não. Adorava entregar-se submissa á luxuria de um homem que sabe o quer.
Afastaram-se um pouco. Olhos nos olhos. Sem palavras... As mãos delas desenharam o pescoço dele. Um toque tão suave que mais parecia uma pena a deslizar na pele dele. Continuaram pelos ombros. Desceram pelos braços. Tocaram-lhe nas mãos dele e voltaram a subir. Desenharam o peito. Desceram pelo umbigo. Pelas virilhas. Ela ajoelhou-se á frente dele. Continuou pelo exterior das pernas para depois subir pelos interior... quase tocando no seu sexo já erecto por toda a excitante situação. Passa os dedos novamente pelas virilhas para depois acariciar-lhe as nádegas. Sente os olhos dele em si. Levanta os olhos para ele e sorri. Um sorriso sem outra promessa que não seja apreciar cada bocado daquele encontro... sem metas... sem expectativas! Apenas com uma enorme tesão e uma enorme vontade de sentir!
As suas mãos voltam ás coxas dele... e, ao passar mais uma vez pelas virilhas, o polegar direito toca levemente no seu membro. Movimenta as mãos fazendo círculos entre as nádegas e as virilhas... cada vez tocando mais aquele membro de onde não desvia os olhos. Pára a mão na altura em que o polegar está mesmo a tocar-lhe mais uma vez. A mão aberta na virilha... o polegar a dar um pequeno apoio aquele membro, levantando-o!
Levanta os olhos para ele e, com um pequeno pigarrear, chama-lhe a atenção. Ele fixa o olhar nela no momento em que ela passa a língua desde os testículos, lentamente, até ao freio...  contorna a glande. Sente a suavidade daquela pele nos seus lábios. Tão macia.... Une os lábios bem na ponta... Um casto beijo até o sugar para dentro da sua boca. Os lábios firmemente fechados em seu redor. Com a língua acaricia-o enquanto ele está no calor molhado da sua boca. Pressiona-o levemente contra o céu da sua boca quase como se estivesse a mamar nele. Chupa... massaja... suga... Retira-o da boca para fazer deslizar a sua boca em cada um dos lados daquele membro que lhe está a provocar uma tesão enorme...
Levanta-se. Ficam olhos nos olhos outra vez... Puxa-o para a cama... "Vem", diz-lhe com a voz rouca de desejo...

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