sábado, 16 de agosto de 2014

A MÁSCARA III

O tempo parece ter parado naquela cena... ela meio deitada na cama, apoiada num cotovelo... ele de joelhos no meio das suas pernas. Parece passar uma eternidade. Sem palavras...
O sorriso de prazer dela desvanece-se e ela sente-se meio constrangida. Deveria ter-lhe contado do que lhe acontecia quando se vem assim?!? Sem saber o que dizer ou o que se passaria pela mente dele, ela passa a perna por cima da cabeça dele para se poder levantar e fugir daquele olhar que parece lhe ver a alma.
Ao passar a perna ele, aproveitando a surpresa dela, roda-lhe o corpo. Deixa-a de costas para ele, bem segura pela cintura, bem cingida ao corpo dele... sentindo no rabo a pressão do seu membro ereto, pronto para a devorar e também ele desfrutar do prazer de um orgasmo.
Passado o momento de surpresa, ela aninha-se melhor nele. Esfrega o rabo no seu membro. Ele aperta-a mais contra si. Dobra-se sobre ela, mordisca-lhe a orelha e murmura-lhe:
- O que fazes por mim?
- O que desejares! Menos tirar a máscara...
Ele ergue o corpo. Olha para ela. Dobrada sobre a cama, com as mãos apoiadas sobre a mesma... Segue com as mãos a curva generosa das suas nádegas... sente-lhe as ancas largas que se estreitam na cintura perfeita para segurar... segue com os polegares o desenho da sua coluna até ao pescoço... as mãos dele acariciam-lhe os ombros... descem pelos braços enquanto se dobra novamente sobre ela... lentamente encosta a glande aos lábios carnudos ainda encharcados pelo êxtase anterior e, ao mesmo tempo que lhe cobre as mãos dela com as dele, penetra-a um pouco... sente-a arquear com o prazer que a sensação de se sentir cheia, completa, lhe dá... move-se devagar... quase saindo... mal entrando... uma e outra vez... ela maneia as ancas, movimenta-se para o sentir mais e mais fundo... ele afasta-se, pára.
As mãos dele sobre as dela mantêm-na presa. Acaricia a pele que mostra que a idade vai deixando sinais subtis. Volta a mover-se... mal entrando nela, quase saindo... abre as mãos sobre as mãos dela e, entrelaçando os seus dedos nos dela, penetra-a profundamente. Ela quase grita de prazer ao senti-lo entrar assim de repente.
Deixa-lhe as mãos... segue pelo interior dos braços... sente a pele macia... sente os peito pequenos com os mamilos bem eriçados... acaricia-os com a palma da mão bem aberta, sem apertar, sem beliscar.... segue pela sua barriga... segura-a pelos quadris, encaixando as suas mãos no que parecem ser as pegas naturais daquele corpo que só quer senti-lo... bem fundo... bem firme. Afasta-se um pouco... sem a largar... quase saindo dela. Parece precisar arrefecer o membro saindo daquele vulcão que queima de tesão. Recomeça os movimentos de vai-vem... movimentos amplos... estocadas firmes, fortes... segurando-a com firmeza pelos quadris... aumenta lentamente o ritmo, mas, entre o som do rabo dela a bater contra o seu corpo e a sensação de sentir os seus testículos a tocarem-lhe no clitóris, perde a vontade da calma e fode-a! Com força... uma e outra vez... mais rápido... mais fundo... parece querer entrar todo dentro daquele quente e aconchegante buraco que se ajusta a ele e o faz deslizar por ela a dentro. Mais rápido! Aquele som! Sente os espasmos dos músculos vaginais dela, sente mais uma vez o liquido quente a sair dela... a salpicá-lo. Serra o maxilar e puxa-a com força contra ele num ritmo alucinante, sem qualquer parte mental e só com o desejo de se saciar... de sentir mais daqueles orgasmos. As pernas dela tremem, perdem a força com os orgasmos que se sucedem cada vez mais rápido...
- Por favor... vem-te... não... aguento... muito... mais - diz-lhe ela com a respiração entrecortada e com alguma dificuldade em falar
Ele aumenta o ritmo. Empurra-a cada vez mais alto. Penetra-a cada vez mais fundo. E, soltando um som abafado, crava-se bem fundo nela e vem-se mantendo-a bem apertada contra ele...
Ele deixa-se cair para o lado, ficando deitado de costas na cama. Ela fica quieta... as mãos apoiadas na cama... os pés no chão, afastados... as pernas a tremerem sem conseguir parar... a escorrer-lhe sémen pelas pernas... a cabeça baixa... escondida entre os braço... a respiração irregular... suavemente deixa-se cair sobre a cama, de cara para baixo.
Ficam assim quietos por uns segundos enquanto sentem todo aquele prazer uma e outra vez na memória e, ainda, no corpo... enquanto descem desse sitio onde se vai quando se tem um prazer enorme e voltam á Terra, á realidade física!
- Vou tomar um banho - diz-lhe ele, levantando-se e depositando-lhe um beijo na omoplata direita - Volto já!
Ela não responde. Apenas mexe a cabeça para confirmar que ouviu. Ele levanta-se. Ela ouve a água a correr no chuveiro. Ouve o som dele a lavar-se...
Ele acaba de tomar banho. Limpa-se ao toalhão branco (deve ser algo combinado, já que todos têm toalhões brancos!!!). Limpa o espelho embaciado e olha-se. Sorri satisfeito. Sai da casa de banho dizendo:
- Não vais tomar... - Começa a frase e não termina. O quarto está vazio. Só as suas roupas numa cadeira. Ela foi-se, sem hipótese de haver alguma conversa ou de pedir algum contacto além do mail. Arrumou-lhe a roupa e saiu...
Ele começa-se a vestir. Enfim... poderia ter sido bem pior! Veste a t-shirt e, ao pegar as calças de ganga, vê no assento da cadeira aquela que era a unica coisa que sabia dela: a máscara de renda preta!

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