sábado, 9 de agosto de 2014

A MÁSCARA II



Ela senta-se na beira da cama. Pernas afastadas. Sem nunca afastar os olhos dos dele, puxa-o para si. Um convite que ele parece não querer aceitar... Fica parado. Em pé. Nos seus olhos nada se nota além de desejo. Fica quieto. Somente olhando para aqueles olhos castanhos por trás de uma máscara que, não escondendo tudo, nada revela da mulher que se dá sem reservas aos seus desejos. Que mulher combinaria um encontro com um estranho num quarto de motel?!? Não que ele fosse um total estranho. Tinham longas horas de conversas que poderiam ser inventadas parte a parte... Mas aquela tesão que se lhe apresentava não dava para ser fingida. Ela queria tanto que esquecera a parte racional por completo...
Ajoelha-se no meio das pernas dela. Acaricia-lhe o exterior das coxas. Lentamente. Ela segue-lhe os movimentos com os olhos, fechando-os ligeiramente quando as mãos dele passam para a pele macia do interior das pernas. Suavemente se aproximam das virilhas. Ela prende a respiração. Antecipa o prazer do toque... Ele demora-se delineando o pequeno tufo de pêlos aparados que ela, por teimosia, recusa a retirar. Apenas pêlos suficientes para esconder a fenda onde ferve um desejo animal.
Os dedos dele continuam a brincar pelo tufo macio... Pousa a mão aberta sobre o monte de Vénus... fá-la descer passando o dedo médio por essa fenda. Ela contrái-se com o toque. Está prestes a gritar-lhe que a satisfaça!
Ele beija-lhe o interior da coxa direita numa caricia molhada. Depois a esquerda. Sente os músculos dela reagirem ao toque dos seus lábios. Beija-lhe a pele delicadamente depilada do monte de Vénus e, sem lhe dar tempo para assimilar essa caricia, passa-lhe a língua pela fenda sentindo o seu clitóris entumescido, molhado, escaldante.... Ela tenta abafar um suspiro de prazer. Arqueia o corpo. Afasta mais as pernas. Abre-se para sentir mais daquela língua curiosa que suave e lentamente se delicia em conhecer o que os seus carnudos lábios escondem.
Ele passa as pernas dela para cima dos seus ombros. O braço esquerdo dele segura-a pela coxa. Com a mão direita habilmente lhe afasta os grandes lábios facilitando o acesso á sua língua para explorar a carne quente e molhada... Delicia-se com o sabor dela. Com tempo. Lambendo amplamente sem forçar, sem pressionar... sem sugar demoradamente o clitóris. Contorna a entrada repetidamente antes de enfiar a sua língua dentro dela, rodando-a.
Ela deita-se na cama. Os olhos fechados. Os lábios entreabertos num grito mudo de prazer. As ondas de prazer que ele lhe provoca, fá-la fechar as pernas em torno da cabeça dele. Espasmos espaçados denunciados pela contração dos músculos vaginais. Ela sabe que não vai demorar a vir-se. Sente o dedo dele a acariciá-la delicadamente enquanto ele lhe volta a beijar as coxas. Quando volta a sentir a língua dele sobre o seu clitóris, tenta fugir. O braço dele sobre a coxa impede-a de o fazer. A força dele mantém-na presa naquele lugar. Os espasmos tornam-se menos espaçados. Agarra-se ao lençol da cama. A respiração acelera. Os músculos cada vez se contraem mais. O coração bate como doido. Ele acelera o movimento da língua. Mais rápido. Mais rápido. O corpo dela eleva-se na cama como que em transe. O maxilar firmemente fechado. Sustem a respiração. Abre a boca sem som. Os olhos bem abertos. Completamente contraída, solta um pequeno repuxo de liquido quente na cara dele e cai sobre a cama de olhos fechados, como se não estivesse mais neste mundo. Ele fica atónito. O liquido com um gosto ligeiramente salgado escorre-lhe pelos lábios. Fica quieto de joelhos no meio das pernas dela.
Lentamente, a respiração dela volta ao normal. Abre os olhos. Ergue-se apoiada nos cotovelos. Sorri. O brilho do sorriso não dá azo a enganos: ela veio-se de uma forma... brutal!

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